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Trecho do livro AS CORES DA LUZ

LUZ - a simbologia da luz

 Na tradição filosófica ocidental, a iluminação é vista como uma fase na história cultural marcada por uma convicção racional, normalmente acompanhada pela rejeição dos instintos da fé religiosa ou pela crença nos mitos. O filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) racionaliza que embora um homem deva obedecer seus deveres civis, ele deve fazer um uso público da razão. Seu lema para a iluminação é 'sapere aude', que significa "ouse saber" ou "atreva-se a saber", ou seja, tenha a coragem de usar o seu próprio entendimento.

Muitas pessoas clamam por um estado de iluminação espiritual. O líder pacifista indiano Mahatma Gandhi (1869-1948) disse: "Sou um buscador iluminado da verdade". Siddharta Gautama, o Buda, atingiu o "último estado de iluminação". Um Buda, ou iluminado, é um ser que desenvolveu todas as qualidades positivas da alma e erradicou todas as características negativas. Na Bíblia cristã, Jesus é chamado de luz do mundo. Artisticamente, a pintura cristã evidencia a luz divina que se irradia da cabeça de Jesus.

Enquanto a luz nos conforta, sua ausência pode ser assustadora. A noite é o período sombrio, onde a visão fica diminuída, e é, certamente, a grande geradora dos mitos com os quais a humanidade explicava seus temores. Ruídos inexplicáveis, visões enevoadas acendiam a imaginação, fazendo surgir os vampiros, lobisomens, deuses e todos os tipos de entidades. A escuridão provoca o medo do desconhecido e a noite é naturalmente associada à vulnerabilidade e ao perigo para a sobrevivência humana. A maioria dos seres vivos tem na noite seu período de descanso.

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Fernando Dassan


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