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Trecho do livro AS CORES DA LUZ

VISÃO - imagem e imaginação

A proporção áurea (proporção divina) é uma constante que ganhou status de "ideal" entre vários artistas no decorrer da história. Quando se aplicam os princípios da Razão Áurea em um retângulo, observa-se a criação da Espiral Áurea, que é encontrada na ordem de crescimento natural dos seres vivos, como acontece nas colmeias, flores, conchas, caracóis, etc. Ela pode ser obtida também nas proporções do corpo humano (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo).
A escultura Vênus de Milo, datada de 130 a.C, exposta no Museu do Louvre, é o padrão de beleza clássica, especialmente pelo uso da seção áurea para determinar as proporções. A sequência Fibonacci, criada pelo matemático italiano Leonardo Fibonacci (1170-1250), está diretamente ligada à proporção áurea. É como se existisse uma fórmula perfeita que a transformação da vida segue em seu desabrochar. Fibonacci descobriu uma sequência de números infinita, onde a divisão entre os termos consiste sempre na aproximação do número 1,6180 (o "número de ouro"). Essas são formas tidas como estruturas de proporções perfeitas e, por este motivo, extremamente agradáveis de se ver.

Luca Pacioli (1445-1517), matemático italiano, escreveu em 1509 "De divina proportioni", ilustrada por Leonardo da Vinci, que tratava sobre proporções artísticas. A 'Divina Proporção' pode ser encontrada de forma aproximada no homem, plantas e animais que envolvem a ordem de crescimento na natureza. Assim, ganhou um status de "ideal", sendo alvo de artistas e cientistas. É conhecida também como proporção áurea, número de ouro, número áureo, secção áurea, proporção de ouro. A proporção áurea foi usada na obra 'O Nascimento de Vênus' (1485), quadro do pintor italiano Sandro Botticelli (1445-1510), em que Afrodite representa a perfeição da beleza.

Atualmente, os princípios da proporção áurea são aplicados principalmente na área do design e arquitetura. A proporção áurea é amplamente encontrada nas obras de Leonardo da Vinci, presente inclusive nas proporções anatômicas ideais do 'Homem Vitruviano', que ilustrou o livro de Pacioli, cujo umbigo está no centro do círculo e as partes genitais no centro do quadrado. De acordo com Vitrúvio, arquiteto romano que viveu no século I a.C., o comprimento de dois braços abertos de um homem é igual à sua altura; a largura máxima dos ombros é de um quarto da altura do homem; a distância entre o cotovelo e a ponta dos dedos é de um quarto da altura do homem; entre tantas outras relações estabelecidas.

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Fernando Dassan


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